Com prefácio, o também cineasta Silvio Da-Rin ressalta a abrangência do livro, que traz uma extensa entrevista dada por Eduardo Coutinho ao autor em 2003, a mais longa feita com ele até então. Naquelas seis horas de conversa, o documentarista passou em revista sua carreira até ali e expôs com clareza a sua forma de pensar e fazer cinema. Trata-se de mais um depoimento inestimável de alguém que criou toda uma teoria do documentário a partir do seu próprio método e de suas convicções.
Fruto da iniciativa de Carlos Alberto Mattos, em coedição da editora Boitempo, Itaú Cultural e Instituto Moreira Salles, o livro Sete Faces de Eduardo Coutinho analisa a obra completa do cineasta, incluindo seus primeiros ensaios documentais ainda como aluno do Institut des Hautes Études Cinématographiques – Idhec, em Paris, o trabalho no programa Globo Repórter e os vídeos pouco conhecidos que realizou para o Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), nos anos 1980 e 1990. Disso resulta a mais completa filmografia já levantada do cineasta.
O livro incorpora os textos de "Eduardo Coutinho – O Homem que Caiu na Real", lançado por Mattos em Portugal, em 2003, com acréscimos e atualizações, e prossegue na contextualização e análise crítica dos filmes subsequentes. Em lugar de ater-se a uma exposição meramente cronológica da trajetória do cineasta, Sete Faces de Eduardo Coutinho observa suas transversalidades e conexões no tempo a partir de uma separação em capítulos que correspondem às sete faces mencionadas no título.
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